quarta-feira, 4 de novembro de 2009

SOMENTE LEVI STRAUSS AO MORRER COM MAIS DE 100 ANOS, PODERIA DESAFIAR O TEMPO COMO FEZ COM O PENSAMENTO TRADICIONAL E CARTESIANO



“(...) em vez de caminhar em direção à uniformidade a evolução da humanidade acentuará os contrastes criando o novo e restabelecendo o reino da adversidade. Romper hábitos milenares, essa é talvez a lição de sabedoria que um dia
haveremos de aprender das vacas loucas”. (LEVI-STRAUSS)
A primeira vez que ouvi falar em Levi Strauss foi na década de 80, quando cursava História na PUC. Como não podia ser diferente, o contato inicial se deu por meio das sempre irreverentes palavras da nossa querida Ruth Gauer, que na contra-corrente de um marxismo ortodoxo (o qual alíás eu me filiava de forma militante), trouxe para o interior do debate o pensamento antropológico. Questionando dogmas causalistas, determinismos econômicos, e substancialmente o reducionismo das dimensões culturais e ritualísticas à meros reflexos da estrutura sócio econômica, começamos a ler a obra do grande Levi Strauss. Dentre os livros mais genais, especialmente por nos possibilitar a compreensão da própria cultura brasileira, temos "Tristes Trópicos", depois vem "Pensamento Selvagem", "O cru e o cozido", "O Homem nu", entre outros.
Mas uma das coisas mais brilhantes que li de Levi Straus foi um ensaio que eu nunca tinha escutado falar, e acabei esbarrando com ele a um tempo atrás na Sulina, chamado "O Suplício de Papai Noel", publicado em 1952, traz um estudo antropológico deste personagem tão popular, num contexto de mutação ocorrido na Europo pós-guerra.
Bem não precisa dizer mais nada, vai aqui a minha homenagem a este gigante.

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